ÁLBUM DE RECORDAÇÕES
A fotografia acima foi retirada dos álbuns do historiador esportivo Cláudio Aldecir e clicada em 1969, na quadra esportiva da Escola “Barão de Suruí”, na época ainda chamada “Instituto de Educação Estadual Barão de Suruí” (note a sigla IEEBS no uniforme). Ela mostra a equipe masculina de basquete da unidade de ensino, dirigida pelo professor Marcos Guedes. Confira a escalação do time de “bola ao cesto” do Barão, como também era conhecida a modalidade esportiva naquela época: em pé, da esquerda para a direita, aparecem Álvaro Sobral, Sérgio, Abud e Jordão. Agachados, na mesma ordem, vemos Nando, Zé Rubens e Chicorinha. E o tempo passa, lá se vão 54 anos de saudades… (Rolisb)
TATUÍ E SUA HISTÓRIA
Notícias extraídas do Jornal “Ridendo”, do dia 1º de janeiro de 1923, retiradas do arquivo de João Padilha, doado ao Integração.
HÓSPEDE DO IRMÃO
Em casa do seu irmão, o sr. dr. Promotor Público, acha-se hospedado, já há dias, acompanhado de sua gentilíssima consorte, o nosso ilustre conterrâneo e estimado poeta dr. Paulo Setúbal. Oxalá seja ampla cornucópia de proveitos à sua preciosa saúde a temporada que aqui pretende passar. Visitamo-lo com “tia Rita, que por mui lhe querer bem, vai, de vestido de chita, dar-lhe um abraço também”.
CANUDOS
Encanudaram-se solenemente: pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, o bondoso moço José Felippe de Camargo Barros, alto como um poste, magro como uma tripa; pela idem de São Paulo, o simpático Medardo da Costa Neves. Vai ser, com certeza, “batuta” na cirurgia. O apelido dele já recorda qualquer coisa de instrumento aguçado e perfurante – Dardinho; pela Escola de Comércio “Carlos de Carvalho” o rechonchudo José Carlos Azevedo, espirituoso quando “conta habilidades”; pela Escola Normal de Itapetininga, as amáveis senhorinhas Zoraide Orsi, Maria de Souza, Anna de Souza, Maria Sophia Jobim e Cacilda Seabra Leal; e finalmente, o “raio” do José Ornellas de Vasconcellos. Parabéns do “Ridendo”.
IDADES DAS ALIANÇAS
Fez no dia 24 do mês passado um ano que o Roldão Fonseca usa a aliança no dedo. Para festejar esse acontecimento, que pela primeira vez sucede em sua vida, ele deu um opíparo banquete; Anteontem, fez dois anos que o Thomaz Machado Júnior entrou para o rol dos homens sérios, como ele próprio assegura. Sua senhoria não quis fazer festa, porque há muito tem seu lar “enfestado” com o nascimento de um “tipógrafozinho”. Um abraço ao Roldão e ao Machadinho.
EM NOSSA TERRA
Em companhia do seu digno filho e nosso distinto camarada, dr. Carlos Alberto, acha-se residindo nesta a exmª srª d. Cândida Moura da Costa Nunes, a quem familiarmente dão o tratamento de D. Zica. É pena não podermos dizer à sua exciª. de nossa pobre terra o que é costume dizer-se do seu belo estado natal: “Quem vai para o Pará, para”. Entretanto, fazemos votos os mais sinceros para que encontre em nosso meio toda a sorte de felicidades.
NOSSOS SALAMALEQUES
Pretendem fazer anos dia 3 o Umberto Orsi e a senhorinha Zezé de Almeida. Eles devem “fazer a festa juntos”. Dia 6 é o Lino Del Fiol que dará cervejas e comezainas.
UM QUE VAI
O José Fernandes foi-se embora de mudança para São Paulo. Foi cavar a vida e fez muito bem, porque parece que vai abiscoitar o bronze em agosto. Pelo menos é essa a perspectiva. Fez bem e Deus permita que seja feliz, é o que dizemos. Mas, “franquezinha” franca, sentimos bastante a ausência dele. O José era um parceirão e vai fazer falta. Meio macambuzio é verdade, mas bom camarada, amigo sincero e “folgazão” apenas quando banca o Carlito, no Carnaval. Se as qualidades do coração e do caráter alguma coisa ainda valem neste mundo, o José Fernandes tem que ser muito feliz em São Paulo; de resto é isso que todos nós desejamos.
OUTRO QUE VEM
Para nos compensar da falta do José, aí está o Heitor. Veio do norte, no “sucaro” de dr. Carlos, seu irmão mais velho. Usa óculos a Harold Lloyd e já esteve em Minas, estudando eletricidade. É “tureba” no violão, batuca seus poucos no piano, canta um bocado, gosta de dançar, e com tais predicados, tem que ser “um dos belos ornamentos de nossa sociedade”, como dizem os jornais. Desejamos que não ache em Tatuí a “caruara”, antes que seja muito feliz e viva sempre por aqui.
BAILE DE HOJE
Realiza-se hoje no salão do Tatuiense um baile oferecido por um grupo de admiradores à gentil senhorinha Zoraide Orsi. Não faltará certamente alegria e animação junto às muitas felicitações que irá receber. Lá estaremos para apresentar as nossas.
O DEZESSETE
Reminiscência de 1956 a 1959
BURACOS – As ruas da cidade estão mais do que esburacadas, parecem mais uma tábua de pirulito…

