PARÓQUIA DA SAGRADA FAMÍLIA SEDIA ABERTURA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE

EDIÇÃO 2313 – 25-1-2025

Cartaz da “Campanha da Fraternidade 2025”, que destaca a Ecologia.

            Dia 4 de fevereiro, às 9 horas, a Paróquia da Sagrada Família de Tatuí, na Avenida Cônego João Clímaco (Mangueiras), nº 115, ao lado da antiga Prefeitura, realiza o evento de abertura da “Campanha da Fraternidade 2025”, com o tema: “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema: “Deus Viu Que Tudo Era Muito Bom” (Gn 1,31). A abertura deverá contar com a presença de padres de Tatuí e do bispo diocesano, Dom Gorgônio Alves da Encarnação Neto. O padre Edvilson de Godoy coordena a campanha naquela paróquia e convida todos para participar.

            Neste ano, segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a campanha “busca promover, em espírito quaresmal e em tempos de urgente crise socioambiental, um processo de conversão integral, ouvindo o grito dos pobres e da Terra”. Entre os objetivos, estão denunciar os males que o modo de vida atual impõe ao planeta; apontar causas da grave crise climática global, a urgência de alteração profunda nos nossos modos de vida e as “falsas soluções” fomentadas em nome da transição energética; promover e apoiar ações efetivas que visem à mudança do modelo econômico que ameaça a vida no planeta; incentivar as pastorais e os movimentos socioambientais, juntamente com outras igrejas e religiões, sociedade civil, povos originários e comunidades tradicionais, em vista da justiça socioambiental e atuação socioeducativa; e apoiar pessoas atingidas por catástrofes naturais e vítimas dos crimes ambientais em sua busca por reparação e justiça.

            A Ecologia é a questão mais discutida pela “Campanha da Fraternidade” ao longo de seus 61 anos de existência. Em oito oportunidades, incluindo 2025, a CF abordou de alguma forma essa temática. O assunto esteve em pauta também nos anos de 1979 (Por um mundo mais humano: Preserve o que é de todos), 1986 (Fraternidade e a Terra: Terra de Deus, terra de irmãos), 2002 (Fraternidade e povos indígenas: Por uma terra sem males), 2004 (Fraternidade e água: Água, fonte de vida), 2007 (Fraternidade e Amazônia: vida e missão neste chão), 2011 (Fraternidade e a Vida no Planeta: “A Criação geme em dores de parto”), 2016 (Casa comum, nossa responsabilidade: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”) e 2017 (Fraternidade: Biomas Brasileiros e defesa da vida: “Cultivar e guardar a Criação”).

Símbolos do cartaz

            Em destaque no cartaz da “Campanha da Fraternidade” de 2025, São Francisco de Assis representa o homem novo, que viveu uma experiência com o amor de Deus, em Jesus crucificado, e reconciliou–se com Deus, com os irmãos e irmãs e com a criação. Esta reconciliação universal ganha sua maior expressão no “Cântico das Criaturas”, composto por São Francisco há precisos 800 anos. O recorte é da obra do período barroco “Êxtase de São Francisco de Assis”, de Jusepe De Ribera.

            No centro, a Cruz é um elemento importante na espiritualidade quaresmal e franciscana. No cartaz, ela recorda a experiência do Irmão de Assis com o crucifixo da Igreja de São Damião, em Assis, na Itália, onde Francisco ouviu o próprio Cristo que falava com ele e o enviava para reconstruir a sua Igreja. No início, Francisco entendeu que era a pequena Igreja de São Damião. Mais tarde, compreendeu que se tratava de algo bem maior, a Igreja mesma de Deus.  

            No cartaz, a araucária, o ipê amarelo, o igarapé, o mandacaru, a onça pintada e as araras canindés representam a fauna e a flora brasileiras em toda a sua exuberância, que ao invés de serem exploradas de forma predatória, precisam ser cuidadas e integradas pelo ser humano, chamado por Deus a ser o guarda e o cuidador de toda a Criação. Os prédios e as favelas refletem o Brasil a cada dia mais urbano, onde se aglomeram verdadeiras multidões em um estilo de vida distante da natureza e altamente prejudicial à vida.  

            O estilo de colagem utilizado no cartaz é uma escolha artística e simbólica. A técnica possibilita unir elementos diferentes em uma única composição, refletindo a diversidade e a interligação entre tudo o que existe, entre toda a Criação. A escolha também faz referência à “Ecologia Integral”, onde todos os aspectos da vida – espiritual, social, ambiental e cultural – são considerados e valorizados. Cada pedaço contribui para a totalidade da imagem, assim como cada pessoa e cada parte do meio ambiente tem um papel crucial na criação de um mundo sustentável e harmonioso.

            A “Campanha da Fraternidade” nasceu por iniciativa de Dom Eugênio de Araújo Sales, em Nísia Floresta, Arquidiocese de Natal (RN) como expressão da caridade e da solidariedade em favor da dignidade da pessoa humana, dos filhos e filhas de Deus. Assumida pelas Igrejas Particulares da Igreja no Brasil, a Campanha tornou-se expressão de comunhão, conversão e partilha.

Foto: Site CNBB

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