SECRETÁRIA DA CULTURA PRETENDE FECHAR CURSO DE INICIAÇÃO MUSICAL NO CONSERTÓRIO

Foto: Paulo Zugben, diretor artístico pedagógico da Santa Marcelina, e secretária Marília Marton.

EDIÇÃO 2265 – 27-1-2024

       Na quarta-feira (17), o Jornal Integração, durante o lançamento do Projeto Guri, na Prefeitura Municipal, questionou a secretária Marília Marton, da Secretaria Estadual da Cultura, sobre pontos obscuros na atual administração do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”, de Tatuí.

       Em 1971, o então governador Abreu Sodré editou o Decreto-Estadual nº 52.687, ainda em vigor. Este diploma legal foi elaborado para nortear o ensino de música clássica no Conservatório, para que os alunos executem peças de Johann Sebastian Bach, Ludwig van Beethoven, Wolfgang Amadeus Mozart, Antonio Vivaldi, Frédéric Chopin e Joseph Haydn, dentre outros.

       A secretária Marília Marton questionou a atualidade deste decreto e acentuou que sua administração, na Secretaria da Cultura, pretende dar dimensão a novos cursos no Conservatório. Ela confessa que não sabia da existência de “afinador de microfone”. Por esta razão, diz que a escola tem que formar técnicos ligados à área de produção musical.

       O Jornal Integração também questionou a titular da Cultura sobre o desprezo que a O.S. Sustenidos mantém em relação ao método pedagógico implantado por décadas no Conservatório. A ação desta organização social faz com que a escola perca sua identidade. Um dos seus desserviços prestados à escola de música tatuiana foi a extinção de grupos pedagógicos permanentes, sobretudo a Orquestra Sinfônica Paulista (OSP), que não mais existe.

       O Conservatório sempre interagiu com a população de Tatuí e ofereceu oportunidade para alunos de escolas públicas e a população ter contato direto com a cultura, através de apresentações gratuitas no Teatro Procópio Ferreira e locais públicos. Na visão da secretária Marília, como ela própria explica, o Conservatório deve ter uma atuação inovadora e dentro do seu projeto está a extinção do curso de iniciação musical. Ela foi informada que existem apenas quarenta alunos inscritos e que sua continuidade é desnecessária, revelou ao Jornal Integração. Neste sentido, o novo polo do Projeto Guri em Tatuí deverá oferecer 60 vagas para turmas de Musicalização e Iniciação Musical. No entanto, tudo leva a crer que essa medida pode fechar as portas do Conservatório para outros estados do Brasil e países da América Latina. O curso de iniciação musical da escola de música tatuiana atrai pessoas interessadas em seus cursos desde a formação em iniciação musical.

       Contrato “relâmpago” – Outro assunto questionado pelo Jornal Integração foi a contratação “relâmpago”, praticada pela Sustenidos. Ela foi aberta no site do Conservatório, com prazo de divulgação de 02/01/2024 a 03/01/2024 (24 horas). O contrato no valor de R$ 100 mil foi vencido pela  empresa Duo Conexões Arte e Cultura Ltda, e o objeto é “contratação de profissional para regência da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí”. No quadro societário da vencedora aparecem Veroni Girelli (sócio-administrador), Camila Flaborea (sócio) e Paulo Roberto Pinto Mandarino (sócio-administrador). Ao tomar conhecimento desta contratação, a secretária Marília Marton se interessou pelo assunto e pediu para sua assessora de imprensa solicitar à redação, o exemplar do Jornal Integração do dia 13/1/2024, edição em foi publicada a matéria desta contratação.

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