EDIÇÃO 2263 – 13-1-2024

         Dia 9 de janeiro, em três comunicados enviados à imprensa, a Sabesp, que fornece água para a população de Tatuí, alega falta de energia pelo corte de fornecimento de água em setores da cidade. No primeiro, emitido dia 9 de janeiro, às 9h42, a concessionária de serviço público explica que o fornecimento está prejudicado em sua região, devido a uma manutenção emergencial. E informa que a normalização está prevista para tarde. Às 20h27, acentua que “em virtude da falta de energia, hoje, 09/01, o sistema de abastecimento de água está comprometido. A previsão de recuperação é para a madrugada do dia 10/01. E, na quarta-feira (10), 7h16, a Sabesp informa que pela falta de energia (10/1), o sistema continua comprometido  e que a previsão de recuperação é para a noite. Em doses “homeopáticas” a concessionária justifica a sua possível falha.

         No entanto, quem lê o primeiro comunicado entende que o problema originário é manutenção emergencial. Mas os outros dois podem ser interpretados como “falta de energia elétrica” ou simples falta de “energia” como afirma a Sabesp. 

SABESP VENDE A ÁGUA
MAIS CARA DO BRASIL

         A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) utiliza um injusto método de cobrança de água e esgoto que para muitos empresários de Tatuí, o precioso líquido torna-se o mais caro do Brasil. A esdrúxula metodologia de cobrança da companhia de saneamento básico é aplicar tarifas diferentes pelo mesmo serviço. O dobro do preço para um estabelecimento comercial na tarifa mínima e a metade do valor  para o mesmo serviço em  residências.

         Para se ter ideia, um estabelecimento caracterizado como “comercial” pela Sabesp, com gasto mensal de 1 metro cúbico de água custa para o cliente R$ 129,55 (referente ao consumo de dezembro de 2023). No entanto, outra novidade no Ano Novo é que sempre, esta conta paga nos primeiros dias do mês, foi antecipada para pagamento no dia 27/12/2023 (quatro dias antes do pagamento normal, ou seja,  duas contas pagas no mesmo mês). O Jornal Integração teve acesso ao pagamento de uma casa considerada residencial. Neste caso,  o preço mínimo, para consumo de 0 a 10 metros cúbicos, o contribuinte vai pagar R$ 64,60, com vencimento dia 15/1/2024.

          Se os consumidores, principalmente da área comercial, desconhecem como é cobrada sua conta de água, fica um alerta para verificar seu gasto com saneamento básico. Uma possível revisão neste sistema injusto de cobrança – pagar preços diferentes pelo mesmo serviço – deve ser uma demanda para a Associação Comercial e Empresarial de Tatuí (ACE). Esta entidade pode tentar rever esta questão em benefício dos seus associados e do comércio em geral. É um caso que, em tese, pode suscitar uma questão jurídica de alta relevância para o contribuinte. Tudo leva a crer,  que seria o caso de pedir instauração de um inquérito Civil ao Ministério Público do Estado de São Paulo, por se tratar de uma injustiça com o consumidor.