Foto: Julia Prado/MS
Imunização contra Covid-19 entra no Calendário Nacional de Vacinação.
EDIÇÃO 2262 – 6-1-2024
No dia 1º de janeiro, entrou em vigor a nova estratégia de vacinação contra a Covid-19, determinada pelo Ministério da Saúde. A imunização de crianças de seis meses a menores de cinco anos foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação. O Ministério também passa a recomendar uma dose anual ou semestral para grupos prioritários com cinco anos de idade ou mais e com maior risco de desenvolver as formas graves da doença, independentemente do número de doses prévias recebidas.
Em 2024, informa o MS, será realizada ainda a vacinação de pessoas com mais de cinco anos – mesmo aquelas não pertencentes aos grupos prioritários – que não foram vacinadas anteriormente ou receberam apenas uma dose. Essas pessoas poderão iniciar ou completar o esquema primário, que consiste em duas doses com intervalo mínimo de quatro semanas entre elas.
Para as crianças, a recomendação é aplicar a primeira dose da vacina aos seis meses de idade, a segunda dose aos sete meses e terceira dose aos nove meses. No entanto, todas as crianças de seis meses a menores de cinco anos não vacinadas ou com doses em atraso poderão completar o esquema de três doses, seguindo o intervalo recomendado de quatro semanas entre a primeira e a segunda doses e oito semanas entre a segunda e a terceira.
A Covid-19 é uma importante causa de infecção respiratória grave e morte em crianças com menos de cinco anos. Em 2023, até novembro, foram registrados 5.310 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 e 135 óbitos nessa faixa etária. Entre as crianças, as menores de um ano de idade apresentaram maior incidência e mortalidade de SRAG por Covid-19.
Nos grupos prioritários, o intervalo entre as doses será de seis meses para os indivíduos com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas. O intervalo será anual para os demais públicos: pessoas que vivem ou trabalham em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente ou comorbidades, pessoas privadas de liberdade com 18 anos ou mais, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e população em situação de rua.

