EDIÇÃO 2257 – 25-11-2023
FUI AUTOR DE UMA IMPORTANTÍSSIMA ENCÍCLICA! QUEM SOU EU ?
RESPOSTA – EDIÇÃO 2256 – 18-11-2023
VICENTE ORTIZ DE CAMARGO – Nasceu dia 7 de outubro de 1912, em Porto Feliz, e faleceu dia 28 de março de 2000, em Tatuí. Era filho de José Ortiz de Camargo, fundador do jornal “O Progresso de Tatuí”, que permaneceu com sua família até 1980 (58 anos). Vicentinho assumiu o semanal após a morte de seu pai. Por um longo período ficou à frente da publicação. Funcionando em sua residência, na Praça Manoel Guedes, 35, o semanário passou para a propriedade de José Nascimento e dona Marina Da Coll Camargo, esposa do Vicentinho. O jornalista redigia, em sua Remington, todas as matérias que circulavam no fim de semana, impressos em uma máquina francesa “Jules Derrier”, com alimentação manual de papel.
Por circunstância de seu trabalho na secretaria do Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos e seu grande conhecimento administrativo da escola, foi seu Vicente o redator do decreto estadual que dá as diretrizes do CDMCC. É o mais importante documento da escola de música de Tatuí. Este decreto dá todas as diretrizes que norteiam o ensino musical clássico, formação de grupos profissionais de música (Orquestra Sinfônica, Coro Sinfônico e tantos outros). Para chegar ao texto final, reuniram-se músicos altamente qualificados para elaborar a parte pedagógica. O conhecimento do funcionamento da escola, levou o próprio Vicentinho a redigir a parte administrativa do decreto. O organizador deste trabalho foi o diretor José Coelho de Almeida (músico e maestro). Com o documento oficial finalizado, e com o dinamismo do dr. Nelson Marcondes do Amaral, chefe de gabinete do Governador Abreu Sodré, em apenas um dia este decreto tramitou no Palácio do Governo e, no dia seguinte, foi publicado no Diário Oficial do Estado. Este documento está até hoje em vigor. No entanto, adventícios, que desconhecem o funcionamento do Conservatório, ousam em não cumprir esta determinação estadual.
Vicente também tinha facilidade para a literatura e a poesia. E também era um exímio contador de piadas. Além de jornalista (repórter, paginador, fotógrafo e editor), escrevia poesias, atuava como músico (solista de cavaquinho no Chorinho no conjunto Tro-lo-ló). Também se dedicou à pintura e desenho (retratos de tatuianos, em branco e preto).
Vicente Ortiz de Camargo, por sua dedicação e defesa dos superiores interesses do município, seja como funcionário do Conservatório e sua atuação no jornal, recebeu o título de “Cidadão Tatuiano”, outorgado pela Câmara Municipal de Tatuí. (Dados desta biografia, parte são de seu filho José Ortiz de Camargo Neto e da redação do Jornal Integração)



