
São João XIII – Foto Vaticano News
“PACEM IN TERRIS”
No último fim de semana, o presidente Luís Inácio Lula da Silva participou do G-7, na cidade de Hiroshima, no Japão. Este local é muito significativo para a paz mundial. Foi onde os EUA lançaram a primeira bomba atômica e mataram, de uma só vez, mais de 100 mil japoneses.
Na reunião do G-7, as sete economias mais evoluídas do mundo contaram com a participação do Brasil. Para surpresa de todos, o presidente Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, apareceu no encontro e, a todo custo, queria falar com o presidente Lula sobre a guerra da Rússia contra seu país. Não houve o encontro entre os dois líderes. Lula alega que Zelensky seria recebido por ele no domingo (21), 13 horas, e o ucraniano não apareceu. Em sua justificativa, o presidente brasileiro diz que seu governo quer promover a paz entre os dois países. E cita a Organização das Nações Unidas (ONU) para intermediar este acordo.
As palavras de Lula refletem, de modo muito significativo, a candente exortação feita na Encíclica “Pacem in Terris” (“Paz na Terra”), promulgada pelo Papa São João XXIII, que enfatizou a necessidade premente de opção pela “Paz de todos os povos com fundamento na Verdade, Justiça, Caridade e Liberdade”.
Em 11 de abril de 2023, celebrou-se o 60º aniversário da importantíssima Encíclica “Pacem in Terris”, o último grande documento do Pontificado de João XXIII, que faleceria menos de dois meses após, em 03 de junho de 1963, no Palácio Apostólico, no “Stato della Città del Vaticano” (“Status Civitatis Vaticanæ”).
Sobre essa Encíclica, Sua Santidade, o Sumo Pontífice, ao nela pronunciar-se de modo veemente pela paz, dirigiu aos Chefes de Estado e de Governo de todo o mundo um súplice e poderoso grito em favor da “tranquilitas ordinis” (para utilizar a feliz expressão consagrada por Santo Agostinho, grande nome da filosofia patrística, inspirada nos ideais do neoplatonismo, e por Santo Tomás de Aquino, mestre insuperável da filosofia escolástica ou aristotélico-tomista): “Suplicamos a todos os governantes que não permaneçam surdos a este grito de humanidade” !
Alessandro De Carolis, da agência “Vatican News”, assim relatou as circunstâncias subjacentes à elaboração desse “magnum opus” que foi, no Pontificado joanino, a Carta Encíclica “Pacem in Terris”: “João XXIII decidiu dirigir um verdadeiro apelo aos “que têm a responsabilidade do poder” (…), citando um pensamento que já havia abordado em outro contexto e que soa assim: “La main sur la conscience…” Com a mão na consciência, ouçam o grito angustiado que de toda parte da terra, das crianças inocentes aos idosos, dos indivíduos às comunidades, sobe ao Céu: Paz! Paz!”.
João XXIII, dias após a divulgação desse documento pontifício de fundamental relevo, ao referir-se ao alto significado da exortação pela paz e à encíclica por ele recém promulgada, concluiu sua rádiomensagem com palavras que bem sintetizavam a sua justa defesa desse valor essencial e bem comum de toda a Humanidade, a Paz, rogando e dirigindo ao Senhor a seguinte oração: “Ilumina os governantes dos povos para que, ao lado de sua justa preocupação pelo bem-estar de seus irmãos, possam garantir e defender o grande tesouro da paz; ilumina o desejo de todos para superar as barreiras que dividem, para fortalecer os laços da caridade mútua, para estar prontos para compreender, para ter pena, para perdoar.”
Em homenagem que lhe foi prestada pela Fundação Balzan e entregue a João XXIII por Antonio Segni, então Presidente da República Italiana, pouco antes do falecimento do Sumo Pontífice em 03 de junho de 1963, assim se justificou referida outorga honorífica que bem resume o significado e a razão de ser de tal insigne distinção: “Pela humanidade, a paz e a fraternidade entre os povos”.
Abaixo, segue reprodução de alguns fragmentos, cujo teor vale rememorar, constantes da Encíclica “Pacem In Terris”:
“141. Como todos sabem, aos 26 de junho de 1945, foi constituída a Organização das Nações Unidas (ONU). A ela juntaram-se depois organizações de âmbito especializado, compostas de membros nomeados pela autoridade pública das diversas nações. A estas instituições estão confiadas atribuições internacionais de grande importância no campo econômico, social, cultural, educacional e sanitário. As Nações Unidas propuseram-se como fim primordial manter e consolidar a paz entre os povos, desenvolvendo entre eles relações amistosas, fundadas nos princípios de igualdade, de respeito mútuo, de cooperação multiforme em todos os setores da atividade humana. (…)
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“166. Como representante – ainda que indigno – daquele que o anúncio profético chamou o “Príncipe da Paz” (cf. Is 9,6), julgamos nosso dever consagrar os nossos pensamentos, preocupações e energias à consolidação deste bem comum. Mas a paz permanece palavra vazia de sentido, se não se funda na ordem que, com confiante esperança, esboçamos nesta nossa carta encíclica: ordem fundada na verdade, construída segundo a justiça, alimentada e consumada na caridade, realizada sob os auspícios da liberdade. (…)
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“170. Esta paz, peçamô-la com ardentes preces ao Redentor divino que nô-la trouxe. Afaste ele dos corações dos homens quanto pode por em perigo a paz e os transforme a todos em testemunhas da verdade, da justiça e do amor fraterno. Ilumine com sua luz a mente dos responsáveis dos povos, para que, junto com o justo bem-estar dos próprios concidadãos, lhes garantam o belíssimo dom da paz. Inflame Cristo a vontade de todos os seres humanos para abaterem barreiras que dividem, para corroborarem os vínculos da caridade mútua, para compreenderem os outros, para perdoarem aos que lhes tiverem feito injúrias. Sob a inspiração da sua graça, tornem-se todos os povos irmãos e floresça neles e reine para sempre essa tão suspirada paz. (…)
Importante observar que João XXIII, canonizado em 2014 (São João XXIII), dirigiu essa Encíclica não só ao mundo católico (“ad intram Ecclesiam”), mas, também, “a todas as pessoas de boa vontade” !
Para Sua Santidade, que ascendeu à glória dos Altares, “a Paz entre os povos exige: a verdade como fundamento, a justiça como norma, o amor como motor, a liberdade como clima” !!!
É por tal razão que o Papa Francisco, inspirado pelas palavras da Encíclica joanina, tem feito reiterados apelos aos líderes da comunidade internacional, exortando-os a que desenvolvam e envidem, em comunhão solidária, todos os seus melhores esforços em favor da paz:: “Que eles façam tudo o que estiver ao seu alcance para salvar a paz. Assim pouparemos o mundo dos horrores de uma guerra cujas terríveis consequências ninguém pode prever.”
DESTAQUES DA EDIÇÃO DE 27-5-2023
JOGOS DA JUVENUDE PODEM ATRAIR QUATRO MIL PESSOAS EM TATUÍ
PROGRESSISTAS PROMOVEM ENCONTRO REGIONAL EM TATUÍ
TATUÍ PODERÁ TER MUSEU RODOVIÁRIO
177 SEMANAS SEM FUNCIONAR O CENTRO DE HEMODIÁLISE DE TATUÍ
PACEM IN TERRIS – UM GRITO EM FAVOR DA PAZ (EDITORIAL)
DESTAQUES – PRESIDENTE DO STF COM CELSO DE MELLO
CIDADE LIMPA ATENDE BAIRROS DE TATUÍ
LAR DONATO FLORES ANUNCIA FESTA JUNINA
TATUÍ E SUA HISTÓRIA – NOTAS DE JORNAIS DE 1910
TEATRO INSTRUI ALUNOS NO COMBATE À DENGUE
SESSÃO NA CÂMARA ESCLARECE SOBRE LÚPUS
DIA DO GRAFITE DES DIVERSIDADE
TATUÍ NO ENCONTRO PAULISTA DA LEI “PAULO GUSTAVO”
LUTA CONTRA EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL
DIA MUNDIAL DO BRINCAR EM TATUÍ
PREFEITURA INSTALA TOTEM TURÍSTICO
RIR – JARBAS SOBRAL NETO
PALAVRAS CRUZADAS
NOVELAS
COLUNA DE ESPORTES
FALECIMENTOS – INFORME DA FUNERÁRIA PARAÍSO
COLUNA POLICIAL
BANDA DE BOFETE NA PRAÇA DA MATRIZ
HÍPICA SEDIA EXPOSIÇÃO DE CAVALO LUSITANO
TATUÍ DIVULGA DOCES CASEIROS EM CONGRESSO
CIDADE SEDIA ENCONTRO DE CARROS ANTIGOS
GRUPO DE SAMBA NA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
PREFEITURA DIVULGA FESTA OFICIAL DE SÃO JOÃO
COLUNA GENTE
INTEGRAÇÃO NAS EMPRESAS (LANÇAMENTOS DE PRODUTOS)
MATÉRIAS OFICIAIS
(Editais do Instituto de Previdência Própria do Município de Tatuí).
