EDIÇÃO 2284 – 22-6-2024
Nasci em Tatuí, fui advogado, exerci cargos de destaque em nossa comunidade. Muitos dizem até hoje que realizei a mais significativa obra para o município. Fui também conhecido como “Pai dos pobres”. Afinal, quem sou eu?
RESPOSTA DA EDIÇÃO 2283 – 15-6-2024
UMBERTO ECO (1932-2016), estudioso da estética e da semiótica, filósofo, pensador e escritor, quando recebeu o título de doutor “honoris causa” em Comunicação e Cultura na Universidade italiana de Torino (Turim), DISCURSOU advertindo que “as redes sociais haviam dado voz a uma legião de imbecis, antes restrita a um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade.”
SALIENTOU, também, nessa mesma ocasião, que “eles, os imbecis, eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra que um Prêmio Nobel” e que “o drama da Internet é que ela promoveu o idiota da aldeia à condição de portador da verdade.”
PARA MARCOS FABRÍCIO LOPES DA SILVA, jornalista, poeta e doutor em Estudos Literários, essa grave advertência de UMBERTO ECO teve o mérito“ de trazer à baila a importante relação que precisa existir entre liberdade de expressão e responsabilidade argumentativa, pois a liberdade de opinião e o direito de expressá-la são uma conquista social, não apenas um direito individual para servir aos interesses e ao narcisismo de pessoas ou de grupos.”
E CONCLUI: “Portanto, o livre exercício do direito de opinar, criticar, caricaturar e denunciar exige reflexão, responsabilidade e ética. Não podemos transformar a liberdade de expressão em um dogma, pois os dogmas são antidemocráticos e geram autoritarismo e posições extremistas.”
UMBERTO ECO, além de seus importantes estudos sobre semiologia, literatura, filosofia da arte e estética medieval, foi o autor de importantes obras, tais como, entre muitas outras, “O Nome da Rosa”, “O Pêndulo de Foucault”, “História da Beleza”, “O Fascismo Eterno”, “Não contem com o fim do livro” e “Em que creem os que não creem?” (diálogo epistolar sobre diversos temas mantido com o antigo Cardeal Arcebispo de Milão, D. Carlo Maria Martini, um dos “papabili” no Conclave de 2.005).




