Editorial: UM BELO GESTO DO CONDEPHAT

Professor José Coelho de Almeida e maestro Antonio Neves Campos sedimentaram o Conservatório, como a melhor escola de música da América Latina. Tatuianos devem reconhecer o mérito e lutar para que essa conquista nunca termine.

            Dia 15 de fevereiro, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico de Tatuí (CONDEPHAT) aprovou o tombamento, como Patrimônio Histórico, Cultural, Paisagístico e Arquitetônico do município, dos três edifícios que compõem o Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”. Além disso, o CONDEPHAT reconhece como Patrimônio Imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas da instituição em âmbito municipal. O processo de registro teve início no ano de 2020, através de uma carta aberta do Conselho, enviada às autoridades estaduais e municipais.

            A providência do órgão que preserva a história de Tatuí foi encaminhada à Prefeitura Municipal para reconhecer o Conservatório como patrimônio do município. Neste documento consta que a metodologia de ensino (conhecimentos e técnicas) da escola de música deve ser preservada. E esta pedagogia musical pauta-se em Decreto, ainda em vigor, assinado na década de 1970, pelo então governador Abreu Sodré.

            Em outras palavras, Antonio Celso Fiuza Júnior, presidente da entidade de tombamento de Tatuí, considera que ninguém, repete-se, ninguém pode desvirtuar esse Decreto Estadual do Governo Sodré. Qualquer Organização Social, seja ela qual for, que administre o Conservatório, não pode transgredir esse diploma legal. O Decreto prevê uma orquestra sinfônica profissional, coro sinfônico profissional, orquestra sinfônica jovem, destinada à formação de alunos estudantes na escola, e iniciação musical para alunos, como sempre aconteceu durante a gestão de tatuianos. O aluno inicia o conhecimento musical correto até o término de sua formação no instrumento escolhido. Piano, por exemplo, leva oito anos para a habilitação completa.

            Para que este processo de tombamento não se torne mais uma “letra morta”, como já ocorre em outros processos de tombamentos em Tatuí, torna-se necessário e premente que a diretoria do CONDEPHAT fiscalize, com o rigor necessário, para coibir o desvio da finalidade dessa entidade de todos os tatuianos. E se necessário for, recorrer a pessoas experientes no assunto música. Tatuianos com conhecimento e larga experiência neste quesito não faltam em Tatuí. A própria idade do Conservatório, 70 anos, já preparou pessoal especializado para fiscalizar adventícios que ousem transgredir as normas legais. E ponto final.

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